terça-feira, 30 de junho de 2009

Educação Especial

Neste semestre com as atividades propostas e as leituras, consegui perceber a importância da escola no desenvolvimento de uma criança com necessidades especiais. Uma criança com deficiência física, por exemplo, necessita de uma interação com o meio, para desenvolver as habilidades já conhecidas e descobrir outras. Neste sentido, acredito sim que a sala de aula será um ambiente rico de estímulos.
Percebi também que realmente não tinha nenhum conhecimento sobre esta deficiência, o autismo quando iniciamos a unidade sobre crianças autistas e me perguntava “se era possível a inclusão de alunos autista no ensino regular?”, tamanha era minha ignorância sobre o assunto, mas lendo os textos propostos pela interdisciplina Educação De Pessoas Com Necessidades Educacionais Especiais e buscando outras informações percebi que é possível sim incluir na escola regular um aluno autista. Claro que respeitando suas limitações e buscando cada vez mais informações sobre este aluno junto com a família. Bem acredito que após o estudo desta interdisciplina, devemos pensar numa forma de trabalharmos juntos, escolas regulares com escolas especializadas, esta sim seria uma forma de incluirmos as pessoas com necessidades especiais, sem comprometer seu desenvolvimento e sua aprendizagem, esta é nossa luta.

Desenvolvimento Moral

Desde o nosso nascimento estamos em processo de construção do conhecimento, este processo tem início na família e é na escola que aperfeiçoamos os conhecimentos já adquiridos e adquirimos outros.
Segundo Liseane Silveira Camargo a escola é o primeiro ambiente que o ser humano tem um convivio social fora do ambiente familiar.
A escola por ser primeiro lugar de convívio social não deveria ser a principal responsável pela contrução do desenvolvimento moral de um ser humano, a família também tem seu papel. No entanto pela correria do dia-a-dia as famílias não vem desenvolvendo como deveria o seu papel, deixando assim a maior responsabilidade para a escola.
Sendo assim, nos primeiros dias de aula de uma turma de pré-escola, percebi a importância do papel da escola na formação moral de um indivíduo, pois nos primeiros dias de aula a maioria dos alunos não tem noção dos valores morais.
Uma situação que presenciei, foi de um aluno x que ao sair para brincar, pegou um brinquedo só para ele, não aceitando dividir com os colegas. Então o aluno y, que já freqüentava uma escola particular, foi e retirou o brinquedo da mão do colega e lhe deu um empurrão. O aluno x então foi de encontro ao colega y e lhe deu um soco nas costas.
Analisando esta situação em um primeiro momento poderíamos dizer que o aluno x é uma criança agressiva, tendo que receber um acompanhamento especial por este comportamento.
No entanto analisando melhor a situação podemos verificar que o aluno x por não ter convivido em um ambiente social, ainda não tenha conhecimento moral necessário, para respeitar os colegas, dividir os brinquedos... Neste sentido
“Cabe à escola empenhar-se na formação moral de seus alunos [...] Valores e regras são transmitidos pelo professores, pelos livros didáticos, pela organização institucional, pelas formas de avaliação, pelos comportamentos dos próprios alunos, e assim por diante (BRASIL, 1997, p. 51)
Os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais. Assim sendo, podemos concluir que esse processo requer tempo
Tendo conhecimento que as crianças e adolescentes seguem fases mais ou menos parecidas quanto ao desenvolvimento moral, cabe ao educador compreender que há determinadas formas de lidar com diferentes situações e diferentes faixas etárias. Cabe a ele, ainda, conduzir a criança na transição anomia - heterônoma, encaminhando-se naturalmente para a sua própria autonomia moral.
Podemos concluir que o aluno x por estar no estágio pré-operatório, que tem como característica o egocentrismo isto é, a criança ainda não se mostra capaz de colocar-se na perspectiva do outro, tenha se comportado daquela maneira. Então como menciona Jaqueline Picetti “Antes de tachar um situação como violenta entre as crianças, é preciso que se pense sobre o seu processo de desenvolvimento”.

domingo, 28 de junho de 2009

Questões Étnico-Raciais Na Escola

A Interdisciplina de Questões Étnico-Raciais Na Educação: Sociologia E História nos propôs uma atividade de elaborar uma aula para trabalhar as Questões Étnico-Raciais Na Escola. Bem eu elaborei uma atividade sobre os índios, onde iríamos trabalhar com as brincadeiras que brincamos e que foram digamos inventadas pelos índios.
Iniciei minha prática numa roda de conversa com os alunos, conversamos sobre o que eles sabiam dos índios, muitas coisas foram faladas, mas a que mais me chamou a atenção foi à descrição de uma menina, “eles são muito maus”
Com estas palavras, tive que mudar um pouco meu planejamento e continuamos a conversa sobre as qualidades dos índios, pois “Cada povo indígena tem seu modo particular de viver, sustentado por uma cosmologia que apresenta traços que os assemelham, mas também os diferenciam da cosmologia ocidental moderna” (Petersen, p.2) com a intenção de mostrar que os índios não são maus.
Neste sentido refleti que nossa escola ainda não esta dando a devida importância para esta cultura, pois “Normalmente, quando a diversidade étnica é abordada na escola é mencionada a italiana, a alemã, a polonesa, ficando em segundo plano a portuguesa e com esta a açoriana, a africana e, sobretudo a indígena. Parece que nossas crianças, nossos jovens, nossos adultos não possuem ancestralidade indígena, tendo os cabelos lisos, a pele rosada, um jeito alegre e simples de ser e estar. (Petersen, p.3)
Após a conversa mostrei para os alunos as brincadeiras dos índios que hoje nos também brincamos. Eles acharam o máximo saber que as brincadeiras que eles adoram foram inventadas pelos índios.
Após confeccionar os brinquedos que iríamos utilizar para brincar como: bola de gude de barro, peteca com folhas de palha de milho, saímos para o pátio para brincar retornamos a sala de aula para finalizar as atividades.
Neste momento sentamos na roda novamente para fazer um balanço destas nossas duas aulas. Perguntei aos alunos sobre o que eles tinham aprendido, questionei sobre o que eles tinham me falado na primeira aula sobre os índios. Então a aluna que havia falado que os índios eram maus, falou “professora, agora eu sei que os índios não são maus, a professora mostrou que tem os índios que são bons, e tem também índios que são maus” então outro aluno falou “assim como na nossa cidade tem as pessoas boas e tem as pessoas ruins né?”.
Esta conversa com os alunos me fez ver que devemos trabalhar em sala de aula às diferenças entre os povos suas culturas, mostrando a diversidade étnico-racial.
No entanto devemos mostrar as diferenças entre os povos, que o povo indígena não é melhor nem pior que nos, e que devemos respeitá-los assim como queremos ser respeitados.